segunda-feira, 6 de maio de 2013

Resenha: Pandemônio

Título: Pandemônio
Série: Delírio
Autora: Lauren Oliver
Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Nota: 3/5


















Sinopse: Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.

“Achavam que amar era algo sublime. Mas isso foi antes de encontrarem a cura.”

"Em um mundo sem nenhum amor, é isto que as pessoas são umas para as outras: valores, benefícios e encargos, nada além de números e dados. Nós pesamos, quantificamos, medimos, e a alma é esmagada até virar pó." Pg. 117


Delírio foi um dos livros mais interessantes que li no ano passado e minhas expectativas para Pandemônio só aumentavam a cada dia. Um ano se passou e em março a editora Intrínseca publicou a sequência para a minha alegria e de muitos leitores fanáticos por essa intrigante história. Um medo que tinha era que Pandemônio caísse na maldição do segundo livro e o que ocorreu foram tombos e escorregões nesse receio clichê que costumamos ter ao ler alguma sequência.

O livro inicia na cena seguinte do final do livro anterior. Lena irá encarar desafios para sobreviver entre os inválidos e tanto ela quanto o leitor conhecerá os bastidores da sociedade “tão” perfeita e sobre a cura do amor deliria nervosa. Há dois períodos da narrativa que se alternam a cada capítulo: o antes e o agora. Essa foi uma alternativa arriscada, porém, neste caso foi genialmente utilizada. Novos personagens como o jovem Julian, filho do criador da ASD (América Sem Delíria) foi uma soma interessante para o elenco, e a corajosa Graúna e Prego representam papéis fundamentais e emocionantes para o enredo.

O ritmo no início é devagar, principalmente, no Antes. Já no Agora é acelerado. O que me deixou intrigado é que mais da metade do livro não acontece nada, como se a história tivesse parado no tempo. Ok, quem já leu sabe que Delírio não é uma distopia feita de vários momentos de ação como outros que estamos acostumados, e sim, focados no sentimento dos personagens e de detalhes que vão desde o brilho de um olhar a uma folha caindo de uma árvore. Mas, pelo título esperava algo muito maior do que foi apresentado. Um ponto que devo reconhecer é a explicação sobre o funcionamento da sociedade considerada curada e os inválidos e outras que prefiro não revelar.

Seguindo a fórmula do “jogo a bomba no final”, a autora deixou algumas questões que deverão ser respondidas no derradeiro Requiem (já lançado nos EUA), e que deverá chegar no Brasil ano que vem. Enquanto isso, torço para que o fim não sofra outro tipo de maldição e que faça jus a ideia fascinante de Lauren Oliver.

Quer saber como foi Delírio? Veja a resenha aqui.
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